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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Regulação dos fluídos corporais

A água é o mais abundante componente do organismo. As células metabolicamente ativas têm uma alta concentração de água do que as células de menor atividade, como aquelas de tecido calcificado e do tecido adiposo. Assim, o percentual de água no peso corporal do indivíduo estará na dependência dos tipos de tecido proporcionalmente existentes. Assim sendo, água total do organismo é maior em atletas do que em não atletas e diminui significativamente com a idade devido à diminuta massa muscular.


Funções da água:
  • ação de solvente: Torna muitos solutos viáveis para todas as reações metabólicas
  • componente estrutural: Fornecendo forma às células.
  • ações fisiológicas: A água é essencial para todos os processos fisiológicos de digestão, absorção e excreção. Tem papel-chave na estrutura e função do sistema circulatório e age como um meio de transporte para nutrientes e todas as substancias corpóreas. A água mantém a constância física e química dos líquidos intra e extracelulares e tem uma função direta na manutenção da temperatura corpórea.
Segundo a literatura, com uma perda de 20% de água pode ocorrer a morte do indivíduo, e uma perda de apenas 10% causará distúrbios severos. Em clima moderado, os adultos podem viver até 10 dias sem água e as crianças até 5 dias, sendo que ao contrario, é possível sobreviver sem alimento por varias semanas.

Distribuição de água corpórea:
A água corporal, comumente estimada como sendo 20% do peso corpóreo, inclui a água do plasma, da linfa, do liquido espinhal e das secreções, assim como a água intracelular entre e ao redor das células (intersticial). A maior parte da água intersticial é contida em um gel nos espaços inter celulares e é continua com o plasma através dos poros capilares. A distribuição de água corpórea pode variar sob circunstancias diferentes, mas a quantidade total no organismo permanece relativamente constante.

Equilíbrio hídrico:
A regulação homeostática garantida pelo trato gastrointestinal, pelos rins e pelo cérebro mantém constante o conteúdo total de água de maneira que a quantidade ingerida seja aproximadamente equivalente à quantidade perdida.

O organismo não possui um dispositivo para armazenamento de água; portanto, a quantidade perdida a cada 24h deve ser restituída para manter a saúde e a eficiência do organismo. Sob circunstancias normais, uma recomendação razoável baseada em consumo calórico recomendado é de 1mL/Kcal para adultos e 1,5mL/Kcal para bebês. Isso se traduz em 35mL/Kcal de peso corpóreo usual em adultos, 50 a 60mL/Kg em crianças e 150mL/Kg em bebês.

Obtenção e Eliminação de água:
A regulação do volume de água ingerido é feita pela sensação da sede, exceto em bebês, atletas praticantes de exercícios pesados, doentes e às vezes o idoso em quem a sensação de sede é diminuída. Os centros de controle da sede estão localizados no hipotálamo proximamente aos centros que regulam o hormônio antidiurético (ADH). A sede é estimulada quando a osmolalidade aumenta ou quando o volume extracelular diminui. A sensação de sede serve como um sinal para a procura de líquidos, tanto para o homem quanto para os animais.

Além da água ingerida como liquido, deve-se considerar que ela também tem origem como parte de alimentos ingeridos, assim como através da oxidação desses alimentos no organismo, onde também é produzida a água metabólica como um produto final. Uma vez ingerida, extraída ou produzida, a água é absorvida rapidamente porque se move livremente através de membranas por difusão. Esse movimento é controlado principalmente por forcas osmóticas geradas por íons inorgânicos em solução no organismo.

A perda de água normalmente é feita através do funcionamento renal (produção de urina), gastrointestinal (eliminação pelas fezes), respiratório (através do ar expirado pelos pulmões) e ainda a partir do suor evaporado da pele. O rim é o principal controlador da perda de água pois é repsonsável pela filtração do plasma e tem condições de produzir urina de maior ou menor concentração de soluto ou água. No inteior do trato gastrointestinal, sob condições normais, a água contida em cerca de 7 a 9L de sucos digestivos e outros líquidos extracelulares secretados diariamente, é quase inteiramente reabsorvida no colón e no íleo, exceto por aproximadamente 100ml que são excretadas nas fezes. Devido a esse volume de liquido reabsorvido ser de aproximadamente o dobro do plasma sanguíneo, perdas excessivas de liquido gastrointestinal através de diarréia podem ter serias conseqüências, particularmente para os muitos jovens e para muitos idosos.

A perda de água pela transpiração varia gradualmente e dependerá da intensidade do exercício físico e das condições de temperatura e umidade do meio ambiente. Perdas anormais ocorrem através de vomito, hemorragia, drenagem de fistula, exsudato de queimadura e ferimentos, drenagem por sonda cirúrgica ou nasogástrica e ingestão diurética e podem levar a morte do indivíduo quando os mecanismo de controle homeostáticos não forem suficientes para garantir a demanda de água que o organismo requer para manter seu metabolismo. Quando o consumo de água é insuficiente ou a perda de água é excessiva, os rins compensam conservando a água e excretando uma urina mais concentrada. Os túbulos renais aumentam a reabsorção de água em resposta à ação hormonal do ADH. O equilíbrio de água esta diretamente relacionado ao funcionamento homeostático do meio interno. Quando a água em excesso é perdida, o equilíbrio dos eletrólitos muda.

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