O início do horário de verão vai exigir uma boa qualidade de sono por parte dos brasileiros, segundo Jacob Faintuch, clínico geral do Hospital das Clínicas da USP. Para o médico, os cinco primeiros dias após a mudança no relógio são os piores, mas após o período o corpo já consegue se adaptar, se a pessoa conseguir descansar adequadamente.
A má qualidade de sono afeta o desempenho da pessoa nas atividades do dia seguinte. Mas a nova marcação no relógio não é a única causa de desequilíbrio do organismo. "Novos turnos de trabalho ou viagens internacionais podem agir da mesma forma", diz Jacob.
Complicações no coração e no sistema circulatório também poder surgir com uma rotina de noites mal dormidas. "O infarto, por exemplo, costuma acontecer apenas algumas horas depois de acordar e, principalmente, na segunda-feira, quando o stress aumenta", afirma o médico.
O horário oficial será adiantado em uma hora neste mês de outubro, menos nos estados do Nordeste e do Norte. Na prática, os moradores do Centro-Sul do Brasil terão 60 minutos a menos para dormir. No dia 20 de fevereiro de 2011, o horário de verão terminará.
O que não fazer
Segundo o especialista, é preciso reduzir o consumo de chá preto e café. "Exercícios físicos mais cansativos também devem ser evitados", afirma Jacob. "O ideal é praticar atividade física depois de, pelo menos, duas horas acordado e não praticar o esforço à noite."
O sono é regulado pelo melatonina, um hormônio acionado pela falta de luz. Atividades muito estimulantes como ler livros ou ver filmes antes de dormir atrapalham a capacidade da pessoas em relaxar e pioram a qualidade do sono. “Para se adaptar ao novo horário, é importante evitar situações estimulantes no final da tarde ou no início da noite”, diz o médico.
Comer demais no jantar, ir dormir sem se alimentar até tomar banhos muito frios ou muito quentes são também práticas não recomendadas, segundo o especialista.
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